Meninos
e meninas, li o livro abaixo e ADOREIIIIIIIIIIII! Procurei outros do mesmo
autor e encontrei uma grande relação. Pesquisei sobre o Pedro Bandeira para
saber sobre o autor da obra, faço sempre isto por ser fundamento não apenas
saborear o que foi escrito, mas também saber sobre quem escreveu e fez os
desenhos. Deliciem!
PEDRO BANDEIRA
A hora do desconto
Fábulas recontadas
em versos e
comentadas por
Pedro Bandeira
ILUSTRAÇÕES: AVELINO GUEDES, ELISABETH TEIXEIRA,
OPENTHEDOOR, ROGÉRIO
BORGES
Editora
MODERNA
Nascido em Santos, São Paulo, em 1942, Pedro Bandeira
mudou-se para a cidade de São Paulo em 1961. Ele trabalhou em teatro
profissional como ator, diretor e cenógrafo. Foi redator, editor e ator de
comerciais de televisão. A partir de 1983, tornou-se exclusivamente escritor.
Sua obra, direcionada a crianças e jovens, reúne contos, poemas e narrativas de
diversos gêneros.
Entre elas, estão: É proibido miar; Malasaventuras ––
safadezas do Malasarte; O fantástico mistério de Feiurinha; Cavalgando o
arco-íris; O mistério da fábrica de livros; Mais respeito, eu sou criança!; Por
enquanto eu sou pequeno;Pântano de sangue; Anjo da mort; A Droga do amor; Agora
estou sozinha...; A Droga da Obediência; Droga de americana! e A marca
de uma lágrima. Recebeu vários prêmios, como o Jabuti, APCA, Adolfo Aizen e
Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
LEIA
MAIS DO MESMO AUTOR
• Cavalgando
o arco-íris –– São Paulo, Moderna
• Mais
respeito, eu sou criança! –– São Paulo, Moderna
• Malasaventuras
–– safadezas do Malasarte –– São Paulo, Moderna
• Pequeno
pode tudo –– São Paulo, Moderna
• A
roupa nova do rei –– São Paulo, Moderna
• A
formiga e a pomba –– São Paulo, Moderna
2.
SOBRE O MESMO GÊNERO
• Fábulas
de La Fontaine (vol. 1 e 2) –– São Paulo, Landy
• Fábulas
de La Fontaine (Tradução de Ferreira Gullar) –– Rio
de
Janeiro, Revan
• Esopo
–– Fábulas completas (Tradução direta do grego por
Neide
Smolka) –– São Paulo, Moderna
• Fábulas
–– Monteiro Lobato, São Paulo, Brasiliense
• Fábulas
de Esopo –– Russell Ash e Bernard Higton (Tradução
de Heloísa Jahn) –– São Paulo, Companhia das Letrinhas
"FÁBULA
"O VELHO, O MENINO E O BURRO"
Conta tradição antiga
Que um velho camponês
Precisando de dinheiro
Em certa altura do mês
Manda o filho caçula
Buscar o burro ou a mula
Para vender dessa vez.
O menino vem ligeiro
Trazendo o belo burrinho,
Seguiram os três pra cidade
Logo de manhã cedinho
Ninguém montou no animal
Pra ele não dar sinal
De cansaço do caminho.
Porém numa curva
Da estrada
Viram um viajante
Que falou: - “Que “besteira”!
O animal vai vazio
E o pobre velho senil
Vai a pé na caminhada”
- “Vejam, só, que grande asneira
É promessa ou penitência?”
E o velho lhe deu razão
E foi no burro montando
E o menino puxando
Na mais pura inocência.
E foi dizendo o velhote
- “Só assim ninguém reclama
E tapo a boca do mundo!”
Logo à frente as lavadeiras
Lavando nas corredeiras
Gritaram: - “Mas que burrama!”
- “Um marmanjão com saúde
Muito contente montado
E um pobre menininho
Puxando o burro! Ah, malvado!...
Este mundo está perdido
Desça daí seu bandido
Que o menino está cansado!”
Depois dessa, o pobre velho
Indignado acenou
E na garupa do burro
O seu menino montou
E disse ali sem demora:
- “Quero ver quem fala agora!?”
E o seu caminho continuou
Mas não deu nem dez minutos
Desponta ali na frente
Montado na bicicleta
Um roceiro e diz: - “Oxente!
O pobre desse animal
Não vai chegar ao final
Com esse peso em dia quente!”
Disse isso e foi-se embora
E o velho concordando
Desce, deixando o menino
E sai na frente puxando
Mas encontra outro sujeito
Que ao menino curva o peito:
- “Majestade!” O vai saudando.
Logo pergunta o menino:
- “Por que falas: majestade?”
- “Porque somente os príncipes
Tem servo na tua idade
Puxando as montarias
Não fosses rei não terias
Lacaio à tua vontade!”
- “Lacaio, eu?” – Diz o velho
- “Mas que grande desaforo!”
Desça ligeiro menino
Pra não ouvir este coro
Vamos com o burro nas costas
Pra ver se o mundo assim gosta
E não faça mais agouro
E os dois com o burro nas costas
Qual estranho ritual
Encontram alguns rapazes
Que fazem tal carnaval
Gritando: - “Vejam três burros
Só falta soltarem burros
Quem é o mais burro afinal?”
E o velho grita: - “Sou eu!
Burro de orelha também
Querendo escutar o mundo
Sendo aconselhado além
Quem segue o mundo maluco
Vai morrer doido e caduco
Sem nunca agradar ninguém!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário